quinta-feira, outubro 10, 2024
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56 ANOS DE VIDA

Com um sorriso no rosto e tendo a fé como elemento principal para a salvação, padre Orlando Uliana completa 56 anos hoje. Pároco da Paróquia São Marcos de Nova Venécia, o vigário nasceu no dia 22 de agosto de 1961, na comunidade de Boa Vista, interior veneciano.
De família humilde e um dos 12 filhos dos agricultores José Uliana (in memória) e da dona Maria Dursolina Furlanetto Uliana, o padre costumava frequentar a igreja com a família, desde criança.
Foi na comunidade onde nasceu, que iniciou os estudos, encerrando o ensino médio como técnico de contabilidade, em Águia Branca, em 1981. No mesmo ano, prestes a completar 20 anos, Orlando se mudou para o seminário em Nova Venécia, tendo o padre Gianni, o pároco que o acolheu.
Depois de três meses em Nova Venécia, seguiu para o seminário de Cariacica, se formando em teologia e filosofia, dez anos depois, em 1991. Durante esse tempo, aquele que ainda iria se tornar padre, teve dúvidas quanto ao sacerdócio, e deixou o seminário durante dois anos, tempo em que, mesmo não tendo certeza da vocação, continuava prestando trabalhos voluntários para a igreja.
“Meus pais mudaram para Vitória nesta época, e fui morar com eles. Trabalhei em outros lugares, mas nunca deixei de seguir a Cristo. Até que um dia, percebi que eu precisava voltar e seguir a minha missão”, diz.

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Atuação como padre
Depois de terminar o seminário, Orlando foi enviando para Mantenópolis, local onde estagiou com o padre Pedro Pase. No dia 20 de setembro de 1992, se tornou diácomo, atuando em Montanha, Mucurici, Vinhático e Ponto Belo. Quase um ano depois, em 4 de julho de 1993, se tornou padre, tendo a cidade de Águia Branca, como seu primeiro Município oficial, após se tornar vigário.

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24 anos de devoção
De acordo com padre Orlando, o primeiro sentimento de que a vida dele não seria como a dos outros 11 irmãos, foi aos nove anos, quando estava participando de um encontro religioso voltado para crianças, e foi perguntado, quem queria ser padre.
“Entre 50 meninos, três levantaram a mão, afirmando que sim, um deles era eu. Depois de um tempo, uma carta chegou à minha casa. Era o padre que ministrou o evento daquele dia, falando sobre o assunto. Mas eu não respondi a correspondência, e ficou por isso mesmo”, conta.
Mesmo não dando retorno sobre a carta que chegou pelos Correios, Orlando, volta e meia, lembrava daquela vontade, que havia chegado ainda criança.
Aos 18 anos, teve uma namorada, mas segundo ele, tudo à moda antiga. “Não durou muito tempo, a minha vocação falou mais alto”, conta o padre, aos risos.
Segundo o padre, foi logo depois, aos 19 anos, a chegada dele ao seminário veneciano.

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Ateus, Papa e religião
É difícil encontrar quem na cidade não conhece o padre, que muitas vezes é responsável por unir famílias e casais, por meio de projetos na igreja. O sacerdote é admirado por fiéis e desde que escolheu a viver em santidade, o oitavo filho do seu José, afirma sentir orgulho em fazer parte da Igreja Católica Apostólica Romana, tendo o Papa Francisco, como o principal líder da religião. “Ele é atualizado, sabe fazer a leitura certa do momento. É um homem cheio do Espírito Santo”, conta.
Sabedoria também não falta ao padre veneciano. Quando perguntado sobre o que acha de quem é ateu, ele responde: “Cada um é livre para fazer suas escolhas. Sinto preocupação apenas e um desejo de trazer aquela alma, para Deus”.
Sobre o que representa a religião na vida de um indivíduo, Orlando é categórico: “A igreja tende à salvação, é uma barca que te leva à salvação”.

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Paróquias por onde passou

Águia Branca
(1993 a 2002)

Barra de São Francisco
(2002 a 2003)

Vila Valério
(2203 a 2004)

Ecoporanga
(2004 a 2007)

Vila Pavão
(2007 a 2014)

Nova Venécia
(2014 até o momento)

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Horas vagas

As horas de lazer de Padre Orlando, geralmente, tem o campo como caminho certo. É na casa da mãe, no local onde nasceu em Boa Vista, que o pároco passa seus dias de folga.
Um carro antigo e uma bicicleta de 1943, são alguns dos passatempos do vigário, que afirma dedicar bons momentos se entretendo com os veículos, e também, no cultivo de alimentos.
Na culinária, o bolinho de arroz é um dos pratos que Orlando sabe fazer e que por sinal, adora. Já o bife à milanesa é seu prato predileto. O time do coração, é o Flamengo. “Gosto de assistir os jogos pela televisão, vejo todos os times, é uma diversão para mim, como a maioria dos brasileiros”, relata.
Com um mundo atual violento, Orlando diz que é na família, a verdadeira formação do ser humano. “Vejo que nas famílias falta oração, humildade, amor ao próximo. É preciso servir a Deus e quando a família faz isso, ela vive na Graça do Senhor. Já quando a família serve a si, tudo vai no caminho errado. É preciso que a família esteja unida, visitando a Casa de Deus. Esse caminho não tem erro”, finaliza.

Durante dias de folga, Padre Orlando se diverte com um carro antigo e uma bicicleta de 1943
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