quarta-feira, novembro 13, 2024
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Acusados de participação no homicídio de Dionízio Gonzaga são absolvidos em júri popular

O júri popular absolveu, em um julgamento que terminou na tarde de ontem, os três acusados de participação no homicídio de Dionízio Gonzaga, ocorrido em 23 de fevereiro de 2021.

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O júri de Euclides Gomes da Silva, Elenilson Gomes da Silva e Fernanda Cassa Rodrigues teve início na manhã de quinta-feira, dia 24, no Fórum Dr. Ubaldo Ramalhete Maia, em Nova Venécia. A sentença foi proferida pelo juiz Ivo Nascimento Barbosa.

Após doze testemunhas serem ouvidas, o júri decidiu pela absolvição dos acusados pelos crimes de homicídio qualificado mediante contratação e promessa de recompensa, motivo fútil, e emboscada com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O resultado foi 4 a 3 para a absolvição dos três.

“O Conselho de Sentença decidiu, por maioria de votos, que eles não têm qualquer participação de ordem de mando nesse crime. Os alvarás de soltura foram expedidos ontem , a partir de agora, é vida que segue”, disse a advogada dos réus após o julgamento, Jaqueline Cazoti.

A decisão ainda cabe recurso por parte do Ministério Público, pelo prazo de cinco dias, junto ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo. “Um eventual recurso que, por ventura, possa ser interposto pela promotoria, será combatido por nós, porque a Constituição Federal é expressa na questão da soberania dos vereditos que é conferido ao tribunal popular do júri. Então, o Tribunal de Justiça, para poder desconstituir uma sentença dessa, prolatada por um Conselho de Sentença, somente mediante a uma hipótese de nulidade, algo desse tipo, e não à livre apreciação da prova, que é algo que a lei maior, a Carta Magma, conferiu ao Conselho de Sentença”, falou Jaqueline.

Segundo a advogada, a absolvição ocorreu pela insuficiência e divergência de provas que ligassem os acusados aos dois homens suspeitos de matar Dionízio.

Zacarias Gonzaga, irmão de Dionízio, também falou após o júri. “Eu me sinto injustiçado, porque até o momento, parece que meu irmão morreu de morte natural, por não acharem o culpado. Mas eu acredito na lei de Deus, porque a da terra pode ser impune, mas a dele vai ser cumprida. A gente sempre colocou o julgamento nas mãos de Deus, mas eu creio, que em nome dele, o culpado vai aparecer”, disse Zacarias.

O CRIME

O diretor do Sine de Nova Venécia, Dionízio Gonzaga de Oliveira, 42 anos, foi assassinado na manhã de 23 de fevereiro de 2021, próximo ao local onde trabalhava, no bairro Margareth, em Nova Venécia.

Segundo informações, Dionízio foi rendido por um homem encapuzado e armado, que efetuou dois disparos, um no tórax e outro na cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local.

Após o crime, o atirador fugiu do local levando o carro de Dionízio, um Fiat Uno Wey, vermelho, que foi abandonado às margens da rodovia que liga Nova Venécia a Boa Esperança, o que fez a polícia descartar a hipótese de latrocínio. O celular e carteira da vítima não foram levados.

Três dias após o crime, os delegados Douglas Trevizani Sperandio, chefe da Delegacia Regional de Nova Venécia, William Dobrovosk Simonelli Daniel, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e o comandante do 2º BPM, tenente-coronel Mário Marcelo Dal Col, anunciaram a prisão de Virgílio Luiz dos Santos Oliveira, acusado de participar do crime.

No dia 7 de julho de 2021, foram presos Euclides, Elenilson e Fernanda.

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