Um agricultor de 35 anos, identificado como Antenor Machado Sarmento Neto, usou uma máquina pesada para fechar uma estrada rural que seria utilizada por mais de 20 famílias, nesta sexta-feira (1º), no Córrego Dantas, Zona Rural de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. A ação gerou revolta em quem mora na região e virou caso de polícia. O agricultor alega ter agido com autorização da Justiça, e que a estrada passa na propriedade dele. A PM diz não ter achado autorização expressa para bloqueio da via no acordo apresentado por foto pelo agricutor. Os moradores da região contestam, e dizem que o proprietário teria agido à revelia da lei.
De acordo com a Polícia Militar, uma viatura foi acionada via Ciodes (190) para uma ocorrência no Córrego Dantas, Nova Venécia. No local, uma estrada havia sido obstruída pelo proprietário da terra. A PM detalha na ocorrência, ‘que em contato com vários moradores da região, que estavam no local, foi relatado que a estrada fechada é principal via de acesso à região do Córrego Dantas e Córrego Santa Rosa, além de também ser uma linha de ônibus escolar, e que a obstrução gera muitos transtornos aos usuários, e que o caminho alternativo é cerca de 5 quilômetros mais longo’.
Ainda segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, os moradores da região relataram que anteriormente, após ser feito um abaixo assinado e ser proferida uma decisão judicial, o dono da propriedade teria sido obrigado a retirar os chamados ‘mata-burros’ da estrada e construir corredores, e que ao contrário disso, decidiu interditar a rodovia.
A ocorrência informa que, após ouvir os moradores, os policiais militares foram escutar o agricultor dono da área. Antenor Machado Sarmento Neto relatou aos PMs, que tomou conhecimento de uma decisão da Justiça que o obrigando a construir corredores na área que lhe pertence e que, quando soube da decisão, já havia uma multa de aproximandamente R$ 300 mil e, que recorreu. Segundo a versãop do agricultor dada à PM, foi realizado um acordo judicial em que ficou autorizado a interdição da estrada, e que ele deveria abrir uma nova estrada com corredores para alguns moradores da região que não têm nenhum outro acesso a suas propriedades, e que assim o fez.
Antenor disse aos policiais militares ainda que aquela não era a principal estrada da região, sendo o que ele chamou de “atalho, que as pessoas se habituaram a utilizar e que existem outros acessos a serem utilizados”, diz a ocorrência. Segundo a PM, o proprietário apresentou foto do acordo judicial realizado “porém nesse não se identifica menção a interdição da estrada que corta sua propriedade”.