A Justiça determinou – novamente – a prisão preventiva (por tempo indeterminado) do cabo da Polícia Militar Thafny da Silva Fernandes, apontado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MPES), como o autor dos disparos à queima-roupa que levou a morte do adolescente Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos, no dia 1º de de março deste ano, no bairro São Geraldo, em Pedro Canário. O crime, que chocou o Espírito Santo, ocorreu com o jovem já rendido, algemado com as mãos para trás, e diante das câmeras. ASSISTA AO VÍDEO:
Thafny se entregou nesta segunda-feira (18), no Quartel do Comando-Geral da PM, no bairro Maruípe, em Vitória. Preso no dia do crime, o militar chegou a ser solto no dia 12 de julho, por ordem do juiz Getulio Marcos Pereira Neves. A determinação da Justiça sobre a prisão dele novamente, foi confirmada para a Rede Notícia pelo novo advogado do PM, Márcio Bezerra.
“Eu ainda não tive conhecimento, ciência, da decisão que motivou, novamente, a prisão preventiva e, portanto, nesse momento eu não vou me pronunciar porque eu não tive acesso ainda. Estamos buscando a decisão para somente assim a gente ver o que vai ser feito e tomar ali as medidas judiciais cabíveis”, explicou o advogado Márcio Bezerra, que faz defesa do PM preso.
Os outros policiais militares envolvidos no crime, segundo a investigação, são: Wanderson Gonçalves Coutinho, Tallison Santos Teixeira, Samuel Barbosa da Silva Souza, e Leonardo Jordão da Silva. Os cinco PM’s foram presos no mesmo dia do crime, e passaram por audiência de custódia no dia seguinte, onde as prisões em flagrante foram convertidas em preventivas. Atualmente, eles respondem ao processo em liberdade.
Vídeo mostra o crime
Uma câmera de segurança flagrou o adolescente sendo morto. Nas imagens, é possível ver que a vítima, aparece sentada, próximo a um muro, com as mãos algemadas para trás. Em seguida, o rapaz rendido levanta e um dos policiais sinaliza para ele sentar. O jovem acata a ordem, e acaba assassinado à queima-roupa (a curta distância) pelo policial militar. Depois, os PM’s arrastam o corpo do adolescente para dentro de uma casa.
Em uma outra imagem daquele fático 1º de março, é possível ver policiais militares com um homem algemado sendo levado para uma viatura. Toda a ação é truculenta por parte dos policiais militares envolvidos na ocorrência, veja:
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