O assassinato do casal Eni Rodrigues de Oliveira, de 43 anos, e Jonhy Borges Emidio, de 33, completou um mês nesta segunda-feira (6). Mesmo cobrada pela imprensa e pela sociedade, a Polícia Civil não prendeu nenhum suspeito do crime, que chocou o município de Vila Pavão, no Norte do Espírito Santo.
A Delegacia de Vila Pavão é tocada pelo delegado Douglas Trevizani Sperandio, que acumula o cargo de delegado chefe regional na DP de Nova Venécia. Há outros crimes que se arrastam há meses na DP de Vila Pavão, que igualmente ao caso do casal executado, segue sem respostas. |
Eni e Jonhy estavam na cozinha de casa, em uma propriedade rural no Córrego do Estevão, em Vila Pavão, quando o atirador chegou. Deu um tiro na cabeça de Eni, e sete em Jonhy. As vítimas morreram no local. As crianças, de 8 e 15 anos, filhos do casal, não foram atingidas, e conseguiram correr e pedir ajuda. O assassino, um homem negro e alto, fugiu após sacramentar o duplo homicídio.
Na época, a Polícia Militar informou que a corporação recebeu um chamado com a informação de que teria ocorrido um duplo homicídio na residência de um meeiro, em uma propriedade rural. No endereço, os policiais encontraram dois corpos caídos no chão, na porta da cozinha da casa. Eni estava caída de barriga para cima com muito sangue na região da cabeça e Jonhy estava caído com o lado esquerdo do corpo ao chão. As vítimas já estavam mortas. O local foi isolado e a perícia acionada.
Ainda segundo a PM, os dois filhos do casal, um adolescente de 15 anos, e uma menina de apenas 8 anos estavam, na sala da casa assistindo televisão, e no quintal da residência brincando, respectivamente. Os pais deles estavam na cozinha. Informações levantadas pela Polícia Militar dão conta de que o assassino é um homem negro, de estatura alta, encapuzado e estava trajando camisa vermelha de manga longa, calça escura, que saiu de dentro da lavoura de café que cerca o imóvel. Com arma em punho, o suspeito entrou na casa mandando as vítimas colocar as mãos na cabeça e disparando contra elas. A mulher teria gritado assustada no momento em que o assassino chegou.
O crime brutal, covarde e violento, aconteceu na frente do filho do casal, de 15 anos, que ao ver ao suspeito atirando nos pais, fugiu pulando a janela de trás da casa, se escondendo na lavoura de café. Logo em seguida, assustado, o menino pediu socorro na casa de uma vizinha, que correu para residência de outro vizinho. Eles se esconderam, e chamaram a polícia.
Na análise perinecroscopia dos corpos no local, a perícia constatou um tiro na cabeça de Eni. Já no corpo do Jonhy, havia sete perfurações de tiros, sendo um no braço esquerdo, um no pescoço, três no braço direito, um na barriga, um nas costas, e um de raspão na barriga.
Os filhos do casal foram entregues sob a custódia (guarda) da avó. A PM informou que fez buscas na região, mas o assassino não foi localizado.
O que diz a Polícia Civil
Procurada pela Rede Notícia, que questinou como anda a investigação do crime, “o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Vila Pavão e para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada”.