sexta-feira, julho 5, 2024
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Do desemprego a fuzileiro naval

O veneciano Anizeo da Silva Souza, 21 anos, foi aprovado e entrou para o corpo de fuzileiro naval da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro. O primeiro dia na corporação foi nesta última segunda-feira 31, quando o militar recebeu a farda e foi apresentado ao alojamento e dependências de onde irá morar até dezembro.

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De acordo com o regime militar, Anezio ficará impedido de utilizar celular ou qualquer outro meio de comunicação pessoal, até terminar o curso de recruta, no final do ano. Por conta disso, nossa reportagem não teve acesso a fotos do fuzileiro uniformizado, já que ele só receberia a roupa, na hora da entrada no quartel. Sendo assim, a entrevista aconteceu antes.

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“Foi muito difícil chegar até aqui. As provas são duras, exigentes, passei um ano sendo testado, indo para o Rio e voltando para Nova Venécia. Tive persistência, otimismo e muita coragem. Graças a Deus consegui a aprovação”, diz.

O veneciano está em curso e em regime interno no quartel do Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (Ciampa), em Campo Grande, na zona oeste do Rio.

Depois de formado, Anizeo vai seguir carreira com tarefas traçadas e atribuídas a um fuzileiro naval, que é um combatente. Considerados uma tropa de elite das Forças Armadas, estes militares passam por uma seleção extremante criteriosa recebem um treinamento extenso e exaustivo. Essa vertente da carreira militar, forma especialistas em operações de assalto anfíbio, em segurança e ordem interna em navios de guerra, em abordagens em alto mar e na defesa de instalações da marinha em terra.

Para conseguir entrar como soldado é necessário passar no concurso que engloba exames de saúde, suficiência física, exame psicológico, verificação de documentos, dados biográficos e uma prova escrita, onde são testados os conhecimentos do ensino fundamental. Além disso, somente homens entre os 18 e os 21 anos podem concorrer.

Auxiliar de serviços gerais

Tornar-se fuzileiro naval, nunca esteve nos planos de Anizeo. “Não era um sonho. Eu vi nesse concurso uma oportunidade de mudar minha vida. Fiquei sabendo sobre o concurso, através dos jornais. Decidi fazer disso, uma nova esperança para meu futuro”, fala.

Desempregado, tendo o último cargo de auxiliar de serviços gerais em um supermercado de Nova Venécia, Anizeo resolveu mudar tudo em sua vida. Morador do bairro Coqueiral, solteiro, filho do vaqueiro José Alves de Souza e da dona Santa Dionizia da Silva, o militar tem mais dez irmãos, sendo o caçula entre eles.

» Familiares de Anizeo no momento do embarque do veneciano, para o Rio de Janeiro
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