sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Família veneciana com dois filhos especiais pede ajuda

A situação da dona de casa Léia Barbosa da Silva, 41 anos, e de Gelson Leandro Domingos, 50, é de total desespero. Moradores do bairro São Cristóvão, eles têm  na prateleira improvisada na cozinha, apenas um pacote de açúcar. A equipe de reportagem começou a fazer a matéria por volta das 11h, e a família tinha tomado apenas um café preto requentado pela manhã. Não tinha mais nada para comer. As contas de água e energia estão com cinco meses atrasadas, e chegam ao valor de R$ 835. “Não tenho um pão, nem biscoito, nada, só o que você está vendo aqui, esse saco de açúcar e o que está no fogão”, falou Léia.

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No fogão tinha um pouco de feijão, e um resto de arroz, foi o almoço da família. Na casa moram além do casal, quatro filhos, um de 10 anos, outro de 14, e os outros dois com problemas mentais, de 16, e 19 anos. “Os dois têm laudo, eu não sei falar o que eles têm, mas precisam tomar medicações e às vezes ficam sem, não tenho como comprar. Eles ficam muito nervosos”, fala.

De acordo com a mãe, o psiquiatra que atende os rapazes faleceu, um deles tinha que fazer exames, mas ficou sem, e também, devido ao falecimento do profissional, ela não conseguiu adquirir as receitas, que são necessárias por lei, quando o medicamento é adquirido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Eu vou ao postinho para ver outro médico. Mas eu também estou com esse problema de saúde, está tudo tão difícil, estou preocupada com tudo”, desabafa.

Nos laudos que a equipe de reportagem teve acesso, consta que os pacientes necessitam de tratamento neurológico, devido a transtornos.

Casa precária

A casa que mora a família é própria, com dois quartos apenas e bastante precária. O chão é de piso grosso de cimento, as paredes sem pintura, a cama de um dos filhos é amarrada, devido estar quebrada. Os colchões estão em péssimo estado, e um dos filhos especial não tem cama, e urina no colchão durante a noite. “O armário da cozinha quebrou e eu peguei as tábuas para fazer de prateleira, para colocar a comida, mas nem alimentos temos mais”, fala Léia.

De acordo com a dona de casa, o marido trabalha na roça e recebe ao dia, ficando às vezes sem serviço. “O que ele ganha é pouco, recebo R$ 216 reais do Bolsa Família, em janeiro tinha sido cortado, depois voltou, estou esperando dar dia 24 de março, para receber e poder comprar alguma coisa de comida. Até lá, não sei como vamos fazer, espero que meu marido receba hoje, toda sexta-feira vem o pagamento dele, mas é tão pouquinho!”, esclarece.

A residência também não possui roupeiros, e as roupas são guardadas em caixas de papelão. Com um sofá velho na sala, uma televisão também em estado precário, divide o espaço do lar. “Não tenho um centavo para nada, peço a quem puder me ajudar, que me apoie com qualquer coisa, quem não puder, eu entendo e agradeço também”.

Para completar a situação, a Léia ainda narra que está aguardando resultado de um exame e que pode ter complicação de saúde pela frente. “Estou com um caroço no seio, não sei se é câncer, o resultado chega daqui a 15 dias. Meus filhos que têm problema, às vezes ficam muito nervosos, eu não tenho como trabalhar para ajudar em casa”, relata.

Para quem puder ajudar a família, pode deixar as doações no Jornal A Notícia ou na casa da Léia, que fica na rua W Leste, s/n, São Cristóvão (atrás da Gramacap). Contato: 99927-8260 (Léia). A família não possui conta bancária.

» Chão da casa da família é de cimento grosso, cama quebrada, não há guarda-roupa, muito menos armário de cozinha e mantimentos
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