O Tribunal do Júri condenou Guilherme de Morais Souza, a 16 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato do pai dele, Enivaldo Ribeiro de Souza, de 42 anos, no dia 28 de dezembro de 2021, em uma propriedade rural de Pinheiros. O julgamento aconteceu no Fórum de Pinheiros, nesta segunda-feira (20) e terminou durante a noite.
Na sentença assinada pelo juiz Helthon Neves Farias, o Conselho de Sentença destaca que Guilherme agiu com culpabilidade extremamente elevada pela frieza na execução da prática criminosa com um disparo pelas costas e na nuca da vítima. Os jurados consideraram que o assassino confesso, agiu de forma que impossibilitou a defesa da vítima, um ascendente, incorrendo na prática de patricídio – quando o filho mata o próprio pai.
Por ter confessado o crime de forma espontânea, o assassino recebeu uma atenuante de dois anos e três meses sobre a pena e, com isso, foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado.
O condenado que já estava preso desde o dia 7 de janeiro de 2022, quando confessou o crime à Polícia, seguirá preso preventivamente para o cumprimento da condenação.
Relembre o caso
No dia do crime, Enivaldo teve uma desavença com outro produtor rural devido a uma concessão de um terreno para plantio de café e marcou uma reunião na própria propriedade. Ele foi visto pela última vez por volta das 17h do dia do crime conversando com o filho na fazenda. Depois, não atendeu mais as ligações da família e dos amigos.
A Polícia Militar e a família iniciaram as buscas pelo homem. O corpo de Enivaldo foi encontrado no dia seguinte, com uma marca de tiro na nuca, em uma propriedade próxima ao local onde ele foi visto pela última vez.
“Após a ocorrência do crime as investigações foram iniciadas e indicavam duas linhas de supostas motivações: uma desavença da vítima com um produtor rural no dia do crime ou crime passional. Com os depoimentos dos familiares da vítima foram percebidas algumas incoerências das informações prestadas pelo filho, o que aumentou a suspeita de crime passional”, informou o delegado de Polícia Civil de Pinheiros, Eduardo Pimenta Mota, no dia da prisão do suspeito.
Um outro rapaz, com 18 anos na época , era suspeito de ter enterrado a arma utilizada no crime e chegou a ser detido no mesmo dia em que Guilherme.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Guilherme de Morais Souza.
