Com pouca comida em casa, sem energia e contas atrasadas, duas famílias foram selecionadas por A Notícia, para a campanha anual da empresa, que faz questão de tentar proporcionar, momentos melhores para essas pessoas, neste final de ano. Junte-se a nós, e ajude a quem precisa, já que doar é sempre prazeroso e faz bem para a alma
Mais um ano a Rede Notícia entra em ação para tentar tornar o Natal de famílias venecianas, um pouco mais confortável.
A história desta vez é da Ione Correia dos Santos, de 25 anos, que tem cinco filhos. A mais velha dela, de apenas sete anos, sonha em ganhar uma bicicleta, mas, quando a reportagem perguntou o que ela mais gostaria de comer no Natal, a menina respondeu de forma categórica: “eu queria um bombom e uma coca-cola”. Coisas tão simples para uns, mas que para outros, como essa pequena, passa bem longe de sua realidade. A casa não tem gás de cozinha, e a comida estava sendo feita no fogão a lenha improvisado, mas a chuva molhou o único jeito que a dona de casa tinha para cozinhar.
Outra entrevistada é a Sabrina Rocha Henrique, 19, que é casada, e tem dois filhos. A ceia de Natal para a sua família, é algo incerto. Leite e alimentos para as crianças fazem parte do que pode ser doado para eles. Quando perguntado a Sabrina o que ela gostaria de comer no Natal, ela relata ser o panetone, já que nunca experimentou esse tipo de bolo. Com a energia cortada em casa, a família também tem boas notícias, Sabrina voltou a estudar e quer ser professora de música.
A reportagem não contém fotos para preservar os entrevistados. Além das duas entrevistadas, A Notícia também vai veicular as histórias de duas moradoras de Boa Esperança ide Vila Pavão, com intenção de proporcionar dias melhores para essas famílias.
“Há mais de seis meses não como carne”
A Ione Correia dos Santos mora no bairro Aeroporto, em uma pequena casa alugada, sem geladeira, sem televisão, e nem ao menos, um botijão de gás tem. O aluguel está com um mês de atraso, no valor de R$ 200. Sozinha, ela vem criando os cinco filhos com idades de 7 anos (menina), 5 anos (menino), 2 anos (menina), um ano (menina), e um mês (menino).
A moradora do Aeroporto contou que vende artesanato de vez em quando, mas conta que o dinheiro não dá para quase nada. Sem gás em casa, Ione cozinha no fogão improvisado à lenha, mas com a chuva dos últimos dias, o local onde ela faz comida, molhou e não há como cozinhar mais nesse momento. “Estou indo à casa da minha sogra para fazer a comida, com a chuva, molhou o fogão. Ganhei uma cesta básica da prefeitura, a cada três meses, pego uma. É o que tenho ainda no momento para dar aos meus filhos”, fala.
Com mais de seis meses que não come carne, a artesã afirma que ficaria muito satisfeita, se comesse uma galinha no Natal, e que queria ter um doce para dar as crianças. “O presente eu não tenho como dar, se tiver alguma festa na comunidade aqui, eu os levo, será a única oportunidade que eles terão de ganhar algo”, fala.
“Eu queria um bombom e uma Coca-Cola”, o pedido de Natal é de uma criança de 7 anos
A filha mais velha da moradora do Aeroporto, também foi entrevistada por nossa equipe de reportagem, e falou que tem o sonho de ter uma bicicleta para brincar com os irmãos, mas que iria ficar feliz também em poder comer bombom nas festas natalinas e tomar uma Coca-Cola, coisa que ela não experimenta faz muito tempo, segundo ela. No momento em que a menina citou o refrigerante e o bombom, a mãe dela a chamou atenção, afirmando ser algo demais a se pedir, e que não tem necessidade disso.
Em uma casa muito simples, sem poder desfrutar de conforto algum, com apenas um quarto, banheiro e cozinha, sem quase nada, a família conta com poucos alimentos que ainda restam. Roupa para uso pessoal, calçado, roupa de cama, também são itens que faltam. O leite que ainda resta para as crianças é o que veio na cesta básica que a Ione ganhou. Fralda tamanho P e G, também sé escasso na casa.
Uma das respostas que a Ione deu durante a entrevista, é que gostaria de ter um emprego, para dar uma vida melhor aos filhos.
Vivendo com muita dificuldade junto aos cinco filhos, a família está com dois talões de energia e água atrasados, somando um valor de R$ 70. Essas contas são divididas com a casa da frente, Ione mora nos fundos.
Quem puder ajudar a família da Ione e seus cinco filhos, o endereço dela é: Rua Manoel Alves, s/n°, atrás do Edson Supermercado (terceira casa, residência dos fundos), ou entrar em contato com a agente de saúde, já que a Ione não possui telefone: 99940-5532.
“Queria um panetone, nunca comi”
Sabrina Rocha Henrique, 19, que é casada, e tem dois filhos: uma menina de três anos e o menino, de dois.
Morando na casa que era da mãe, no bairro Betânia, o marido é quem sustenta a casa, com serviço de montador de móveis. A residência apresenta goteiras no banheiro e precisa de reforma, mas esse, não é o mais agravante problema de todos da família. A energia deles está cortada, e estão com oito talões de atrasados, de R$ 1,425, mais nove de água, de R$ 989.
A comida para eles é pouca, as crianças precisam de leite e alimentos como biscoito. “A gente come só ovo e salame, é o que dá para comprar, tem mais de seis meses que não comemos carne. Meu marido pesca e, às vezes, traz peixe. Mas eu não reclamo, agradeço a Deus pelo pouco que tenho, por ter ao menos pouco para comer. Televisão também não temos, estou com uma emprestada”, explica.
“Estamos com a energia cortada, mas estou estudando e tenho fé que tudo vai dar certo”
Sabrina Rocha Henrique
O café da manhã da família não é como de muitos, não tem pão, não tem biscoito, e o cafezinho puro, é o que alimenta a casa. Sobre o dia de Natal, a dona de casa relata que gostaria de comer algumas comidas gostosas. “Um estrogonofe, ou feijão tropeiro e um panetone, nunca experimentei, gostaria de saber o sabor”, diz.
Durante a entrevista, contando a rotina familiar, Sabrina relatou que voltou a estudar. Ela está no 8° ano, na EEEM Dom Daniel Comboni (Estadual), e também está fazendo curso de informática. “Tive filho cedo e precisei parar, mas nunca esqueci os estudos. Agora que eles cresceram um pouco, retornei para escola, para realizar meu sonho, quero ser professora, e quem sabe, de música!”, fala.
O curso de informática da Sabrina é pago pelo marido, que deixou de quitar os talões de energia e água, para tentar realizar o sonho da esposa. A casa da família falta roupa de cama, roupa para as crianças e calçados, fralda tamanho XG. “Às vezes temos pouca comida, quase nada, mas agradeço por tudo, vou terminar meus estudos e dar uma vida melhor para os meus filhos, eu não desanimo, a fé sempre é maior”, relata.
Quem quiser ajudar a família da Sabrina, o endereço é: Rua 6, bairro Bethânia. Telefone: 99841-5145