Uma história que promete muitas emoções. Depois de 50 anos sem ver a mãe, a moradora de Nova Venécia, Santa Dionízia da Silva, 65 anos, vai encontrar a dona Izaura Alves Braga, 93, no domingo, justamente, no Dia das Mães. “Meu coração está alegre, estamos ansiosos, é muito tempo sem vê-la, ficamos sem saber notícias, sem contato nenhum esse tempo todo e, há pouco tempo, minha irmã, quem a achou”, conta Santa Dionízia.
O encontro vai ser na casa da dona Santa, no bairro Coqueiral, e vai reunir a família, filhos, netos, bisnetos e quem mais puder comparecer. “Aqui, todos nós temos mão boa na cozinha, minhas filhas também cozinham bem. Vamos fazer um pouco de tudo, galinha, porco, carne de boi. Não sei o que ela gosta de comer, vamos fazer tudo com carinho”, fala.
A dona Izaura mora no Pará, em Jundiá, e, foi o irmão caçula dela, o Mauro, que a foi buscar. Ele mora em São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro, local onde já está com a irmã. “Eles pararam lá, para ela conhecer a parte da família e, descansar, para depois, seguir viagem para cá”, fala a filha.
Além da dona Santa Dionísia, que tinha 13 anos quando a mãe foi embora, a dona Isaura deixou mais três filhos, em Ponto Belo, local onde moravam na época que ela foi embora, que são, a Rita de Cássia, que tinha 06 anos, e os gêmeos, Joelson e Joelton, com 03.
A partida e o reencontro
De acordo com dona Santa Dionísia, a mãe foi embora para o Pará, e quem cuidou das quatro crianças foi a avó deles, a dona Luzia, que já é falecida.
Sem nunca mais saber noticias e muito menos para onde a mãe foi, os filhos queriam descobrir o paradeiro dela. “Nós procuramos, mas, não encontrava. Minha irmã, que mora em São Mateus, a Rita de Cássia, foi quem a encontrou. Depois de muita luta, através de uma rádio lá, uma filha que ela tem lá, ouviu a história e, viu que os fatos pareciam, e ai que aconteceu o contato com a Rita”, conta dona Santa.
A notícia do paradeiro da mãe surgiu há cerca de um ano, e lá no Pará, a Izaura, que formou nova família, aderiu o sobrenome Alves Braga, sendo que aqui no estado, era Alves da Silva, o que tornava mais um empecilho para o reencontro, que, mesmo com todas as dificuldades e o tempo, vai acontecer. “Não tivemos condições financeiras de ir lá, e, o contato, durante este um ano, tem sido feito por telefone. O Mauro conseguiu ir lá encontrar ela, e agora, é ele quem está a trazendo. Nós estamos felizes, eu tive 13 filhos, são dois falecidos, tenho 26 netos, e seis bisnetos. Tem a família dos meus irmãos também, e, outros parentes, então, a festa aqui domingo vai ser grande, vai ser um dia para ficar em nossas vidas para sempre. Estou esperando a chegada dela, fazendo tudo para que ela se sinta em casa”, conta.
Dona Santa conta que veio morar em Nova Venécia com o marido, que sempre trabalhou na roça, e mudou por conta de emprego. Já os gêmeos, o Joelson e Joelton, moram em um assentamento, no KM 41, e a irmã, em São Mateus. “Nossa mãe formou outra família lá, temos mais quatro irmãos no Pará. Quem sabe um dia, o encontro de todos nós acontece! Mas, agora, vamos encontrar a nossa mãe, depois de 50 anos, isso é uma emoção danada, muitas coisas aconteceram, mudanças. Só não muda o que de fato é, que ela é nossa mãe”, finaliza.