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Mulher que pode ter sido assassinada em Jaguaré movia processos para receber seguro

Angelica Aparecida Oliveira, de 49 anos, acionou a Justiça para ser indenizada por envolvidos em um acidente (o motorista de um carro, e a seguradora).

A Polícia Civil segue investigando o caso do corpo carbonizado de uma mulher encontrado dentro de um carro incendiado, na rodovia ES 356, próximo a entrada do Córrego das Araras, na Zona Rural do município neste domingo (27). A principal suspeita, é que a ossada seja da auxiliar administrativo Angelica Aparecida Oliveira, de 49 anos. Ela trabalhava no Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, onde pegaria o plantão às 5h da manhã. A Polícia trata o caso como assassinato.

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Imagens mostram veículo destruído pelo fogo. Crédito: Polícia Militar / Montagem Rede Notícia

Segundo dados do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Angelica movia dois Procedimento Comum Cível, em Jaguaré. Um contra um homem, e outro contra uma seguradora. Todos com o objetivo de receber indenização. Ambos os processos têm a ver com um acidente de moto sofrido por Angélica há alguns anos. Ela alegava ter sofrido inúmeras lesões no corpo, dentre as quais destaca-se fraturas múltiplas na face e na mandíbula, o que supostamente teria resultado em invalidez permanente, de modo a fazer jus ao percebimento do seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT) e de indenização por parte do motorista do carro que havia atingido ela.

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Procurado pela Rede Notícia, Aleone Souza, marido de Angélica, disse que sabia dos processos, mas que ela “nunca comentou” com ele sobre o andamento. Ele confirmou que as ações judiciais diziam respeito a um acidente de moto sofrido por Angélica. O homem, alvo de um dos processos, seria o motorista do carro envolvido no acidente. Nenhum dos dois processos tiveram um desfecho, e ainda tramitavam na Justiça. Um fato não menos importante: nos dois processos, há mais de um advogado constituído por Angélica, e eles não se repetem nas duas ações.

Segundo a versão do marido de Angelica Aparecida Oliveira, Aleone Souza, a mulher saiu de casa em Jaguaré às 4h, e daria carona a uma pessoa que ele não soube dizer quem era. No entanto, a mulher não chegou ao trabalho, e ao saber que um veículo havia sido achado incendiado, Aleone foi ao local, e reconheceu o carro como sendo o de Angelica.

Ainda segundo Aleone, ele e Angelica moravam juntos há 18 anos, e têm um filho juntos, de 11 anos. Ela tinha outros três filhos de outro relacionamento. O marido diz que desconhece qualquer inimizade, contou que a mulher era “tranquila” e que estava cursando enfermagem.

Neste domingo (27), a perícia já havia constatou de que se trata de um corpo do sexo feminino. Investigadores da Polícia Civil, estiveram no local, e suspeitam de homicídio. Apenas os resultados de exames no DML vão confirmar se o corpo encontrado carbonizado no banco do passageiro do veículo, é ou não, o de Angelica.

Vídeo mostra carro em chamas. Crtédito: Reprodução

O Hospital Roberto Silvares divulgou nota em que lamenta o “falecimento da colaboradora e amiga Angélica. Neste momento de tristeza, prestamos nossa solidariedade e nossas condolências aos familiares e aos amigos”, diz a nota.

Segundo o Portal da Transparência do Governo do Espírito Santo, Angélica desempenha a função de auxiliar administrativo no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, em regime de designação temporária, desde dezembro de 2021.

Por nota, a Polícia Civil informou que “o corpo da vítima, possível sexo feminino, foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que irá identificar a causa da morte. O prazo para sair laudo cadavérico pela legislação são 10 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Em casos em que são solicitados exames laboratoriais pode demorar mais, principalmente quando necessita de DNA (30 dias) e histopatológico (entre 60-90 dias).  O caso seguirá sob investigação da Delegacia de Polícia de Jaguaré”.

A Rede Notícia demandou informações da Polícia Militar, mas ainda não tivemos retorno.

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