Dois jovens de 15 e 19 anos, identificados como João Batista e Rian dos Santos Leal, foram assassinados a tiros dentro de uma casa, na noite desta quinta-feira (28), na rua São João, no bairro Jundiá, em Pinheiros.
Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, obtido pela Rede Notícia, testemunhas contaram que dois suspeitos chegaram em uma moto Honda Bros, de cor preta, entraram na casa, e atiraram contra Rian e João Batista. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192), foi acionada, e constatou o óbito das vítimas no local. O corpo de Rian ficou sobre uma cama de solteiro. O corpo de João ficou na porta da casa.
O documento narra, que a perícia constatou no local, que Rian dos Santos Leal foi atingido por dois tiros na cabeça, um na escápula (entre a clavícula e a costela), e um ferimento causado por atrito de relance (raspão). João Batista foi atingido por um tiro na testa, um do lado esquerdo da face, e um no pescoço.
“Guerra do tráfico”
A Rede Notícia apurou, que a investigação aponta que o motivo do duplo homicídio está relacionado a disputa pelo tráfico de drogas em Pinheiros. As vítimas, segundo a Polícia Civil, tinham envolvimento com o tráfico.
Os corpos foram encaminhados para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares para serem necropsiados e, posteriormente, liberados para os familiares.
A Polícia Civil informou, por nota, que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Pinheiros. Até o momento, nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto.
“A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas”, informou a PC.
‘Peço a Deus para me proteger’, disse vítima
Horas antes do crime, João Batista, de 15 anos, publicou uma foto nas redes sociais, com uma música que dizia na letra: “Peço a Deus para ele me proteger. Quem tá de fora nunca vai entender. Oh, fé […]”.
“Cena se repetirá”, diz investigador
Nas redes sociais, um investigador da Polícia Civil comentou o duplo homicídio. Disse que “essa cena se repetirá mais vezes”. Segundo ele, “apesar da polícia realizar um trabalho incansável” para reprimir o crime, casos como esse “acontecem e continuarão acontecendo. Esses jovens entram na vida loka do crime (uma referência informal ao tráfico) acreditando que terão dinheiro e sucesso. O máximo que conseguem é cadeia ou a morte. Aos familiares ficam a dor e a lembrança do ente querido”, desabafa o investigador.