Um modelo de escola cívico-militar pode ser implantada em Nova Venécia, no bairro Altoé. O Conselho de Segurança é um dos órgãos que está à frente da novidade, é o que revela o presidente do Conselho, Valdinei Favero. “Queremos mobilizar a população para que nos apoie nessa iniciativa, as inscrições estão abertas e vejo só melhorias em relação à chegada de uma unidade aqui”, disse Valdinei.
O secretário Municipal de Educação de Nova Venécia, Arilso Teixeira, relata que o Projeto foi proposto ao município pelo Conselho de Segurança no ano passado. “Ao avaliarmos na Secretaria Municipal de Educação, identificarmos que o custo do salário dos militares era mais alto do que o dos professores da rede Municipal, não havia política de incentivo por parte do governo Federal e Estadual, para mantê-la. Do ponto de vista pedagógico, em diálogos internos com o departamento pedagógico, predominava o raciocínio de que, essa escola poderia vir a não corresponder ao objetivo de contribuir com o resgate social dos alunos mais carentes, por eles não se adaptarem ao seu modelo e elevar a exclusão do estudante do sistema educacional, em relação. Precisamos saber sobre os custeios, estamos abertos ao diálogo”, diz Arilso.
O modelo de escola cívico-militar é uma proposta do governo Federal para uma gestão escolar compartilhada entre educadores e militares. O Ministério da Educação (MEC) afirmou que a meta agora é construir 216 escolas neste modelo em todos os 26 estados e no Distrito Federal até 2023. Para aderir ao Programa é preciso se encaixar nas exigências, como por exemplo, a escola tem que estar em situação de vulnerabilidade social e com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
O Programa foi lançado na Semana da Pátria, com a assinatura do Decreto que estabelece os princípios, objetivos, diretrizes, público-alvo, operacionalização, avaliação e certificação do modelo MEC de Escolas Cívico-Militares. Os estados interessados têm de 6 a 27 de setembro para indicar duas escolas que poderão receber o projeto em formato piloto já no primeiro semestre letivo de 2020.
Qual o papel dos militares na escola?
O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de educação continuariam responsáveis pelos currículos escolares e caberia aos militares a atuação como monitores na gestão educacional.
Quais são os pré-requisitos para um colégio aderir ao projeto cívico-militar?
Ter de 500 a 1.000 alunos.
Oferecer as aulas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental ou ensino médio.
A comunidade escolar terá de aceitar a mudança no perfil das escolas.
Os estados interessados têm de 6 a 27 de setembro para indicar duas escolas que poderão receber o projeto em formato piloto já no primeiro semestre letivo de 2020.
Os alunos terão farda e corte de cabelo específico?
O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Jânio Carlos Endo Macedo, explicou que haverá regras para uso do uniforme e corte de cabelo. O estudantes terão que usar uma farda. Além disso, deverão ter aulas de musicalização e educação moral e cívica com os militares.