Acadêmicos de Psicologia da Faculdade Multivix, em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, abraçaram uma missão importante. Os universitários criaram o chamado “Grupo Vida Ativa”, objetivando a construção um jardim de convivência, um espaço pensado para proporcionar momentos agradáveis aos moradores do bairro Padre Gianni.
O projeto envolveu estudantes do 6º e 8º períodos de Psicologia, e teve a orientação dos professores Pedro Henrique de Oliveira Carvalho, na disciplina de Estágio Básico IV, e Hilton Moreira Martins Junior, na disciplina Projeto de Extensão Interdisciplinar (PEI) – Meio Ambiente. Segundo os estudantes, o trabalho acadêmico visa a aplicação prática da psicologia “em sua diversidade de vertentes”.
“A escolha do Bairro Padre Gianni não foi aleatória. A delimitação geográfica única e a história peculiar de sua construção tornaram-no o cenário ideal para a intervenção proposta pelas disciplinas”, conta Kako Rodrigues. Além de Kako, o grupo é composto pelos acadêmicos Milena Veloso, Penha Rabelo, Theomir Bassetti, Gabriel Breda e Daniela Soares, que atuaram como mediadores, de acordo com eles, “dando voz às demandas da comunidade e colaborando para criar mudanças tangíveis”.
Os universitários relataram que o primeiro desafio enfrentado na aplicação do projeto foi estabelecer vínculos entre os moradores do bairro. Conscientes da importância do contato humano, realizaram diversas reuniões que resultaram em laços de amizade, principalmente entre a população idosa, que segundo eles, “muitas vezes se via com tempo livre e poucas opções de lazer”. A partir desses encontros criou-se o “Grupo Vida Ativa”, objetivando a construção um jardim de convivência, um espaço pensado para proporcionar momentos agradáveis aos moradores do bairro Padre Gianni.
“A construção do jardim não foi tarefa fácil, mas a comunidade se uniu para tornar o projeto uma realidade. Todo o material utilizado foi arrecadado por meio de doações, e a escolha por materiais reciclados não apenas demonstrou responsabilidade ambiental, mas também fortaleceu o senso de comunidade”, detalha Gabriel Breda.
“Os resultados dessa intervenção foram notórios. Os sinais de uma comunidade mais coesa e engajada tornaram-se evidentes, demonstrando que a psicologia pode, de fato, catalisar mudanças significativas na realidade das pessoas. Vale ressaltar a participação crucial da agente de saúde do bairro, cujo envolvimento foi essencial para o sucesso do projeto”, conta a estudante Penha Rabelo.
“Em tempos em que a interdisciplinaridade se destaca como chave para enfrentar desafios complexos, o trabalho desses estudantes é um exemplo inspirador de como a psicologia pode transcender as salas de aula e se tornar uma força transformadora na construção de comunidades mais saudáveis e unidas”, finaliza a acadêmica Milena Veloso.