sexta-feira, julho 5, 2024
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Policial penal atira e mata preso pelas costas após tentativa de fuga em presídio de Linhares

Caso ocorreu no sábado (20). Sejus informou que será aberto Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso.

Um detento de 30 anos, identificado Lucas Rodrigues Maio, foi morto com um tiro nas costas efetuado por um policial penal, no fim da manhã de sábado (20), na Penitenciária Regional de Linhares (PRL), no Norte do Espírito Santo. O presídio realiza a custódia de presos do regime semiaberto. Lucas estava preso desde 28 de novembro de 2017, sob a proteção do Estado, e respondia à Justiça pelo crime de roubo. O nome do agente autor do tiro não foi divulgado.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que o interno “tentou empreender fuga da unidade prisional ao tentar alcançar a muralha, que fica localizada nos fundos da Penitenciária.  Policiais penais advertiram e perseguiram o detento dando inúmeras ordens de parada, que não foram acatadas pelo interno.  Na ação foi realizado disparo de arma de fogo, atingindo o interno. Ele recebeu os primeiros socorros de imediato, sendo levado ao Hospital Rio Doce, mas não resistiu ao ferimento e veio a óbito”, diz a nota.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, informou será aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar todas as circunstâncias do fato. “É atribuição do policial penal atuar pela segurança da unidade e impedir que fugas aconteçam.  O policial está amparado pela excludente do estrito cumprimento do dever legal e pode fazer uso da força, quando necessário. Entretanto, é preciso esclarecer completamente como e o que motivou o disparo. Lamentamos profundamente o desfecho da ocorrência, com um final tão grave e sempre indesejado. A Corregedoria acompanha o caso e o servidor deverá ser afastado das funções durante a apuração em curso até que as conclusões sejam apresentadas”, alega Rafael Pacheco.

Já o diretor-geral da Polícia Penal do Espírito Santo, José Franco Morais Júnior, lamentou a execução do preso e declarou que o trabalho policial envolve o que ele chamou de “decisões delicadas em um curto espaço de tempo”.  Segundo ele, a” decisão de proteger a sociedade evitando a fuga teve um desfecho que não gostaríamos. Os processos necessários para o detalhamento do caso serão instaurados para que haja total lisura e transparência”, disse José Franco.
Segundo a Sejus, o policial penal autor do tiro que matou o interno se apresentou voluntariamente na 16ª Delegacia Regional de Linhares, entregou a arma que estava em sua posse para ser periciada pela Polícia Científica (PCIES) e foi liberado. A Polícia Civil informou que um inquérito será instaurado na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares.
O Presídio Regional de Linhares uinformou que presta apoio à família do interno, e que fato foi comunicado aos órgãos que compõem o sistema de justiça.
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