Para matar a saudade, de novo!
A reportagem anterior gerou repercussão, e leitores entraram em contato, citando estabelecimentos que fecharam, mas ainda é lembrança na memória do veneciano. Levando em conta isso, aqui vai mais uma matéria sobre o assunto. Preparamos para quem gosta de nostalgia
Já que a nostalgia tomou conta dos venecianos em nossa reportagem já veiculada sobre os estabelecimentos que fecharam e deixaram saudade, essa nova reportagem vai para quem curte a nostalgia.
A Notícia fez um apanhado com alguns empreendimentos e aqui está um pouco da história de cada um deles. Vale lembrar que, Padaria Pão Gostoso, Hotel Brasão, Discoteca 33 e tantos outros, também foram lembrados, apesar de não termos conseguido contato com os ex-proprietários, nossa homenagem também vai para eles, que tanto fizeram por Nova Venécia.
Tigrão
A Casas Tigre, que depois passou a ser intitulada de Tigrão, chegou em Nova Venécia por volta da década de 1960, e vendia tecido, que era o produto em alta na época, já que quase não era fabricada roupa pronta no País. Antes de inaugurar aqui,a loja contou com a primeira filial em Vila Pavão, e a matriz era em Colatina. O João Alves de Souza, proprietário da Savana Jeans, foi um dos funcionários da empresa, e trabalhou além de Nova Venécia, em outras filiais do Estado, inclusive em Vitória, na rua Florentino Avidos, no centro. “Há uns 20 anos a loja foi fechada em nosso município. No Estado o Tigrão tinha mais de 40 lojas, era uma grande rede”, diz. Além dos tecidos, a loja vendia dois tipos de calçados masculino e feminino, mala-baú, que era utilizada para guardar enxoval das noivas, e vestido de noiva.
Palhoça’s
Grandes serestas, almoços e jantares foram realizados no Palhoça’s, que abriu as portas em 1984, sob administração de David Pereira das Neves (in memória) e Izael Mendes de Mattos, o Zai Churrascaria). O local famoso por receber muitas autoridades também, teve fim de funcionamento em 1988, sob a direção dos dois sócios.
Serras Bar
Em 1989, o Serras Bar sediou o evento, Garota Top Model, idealizado por Vitali de Aguiar. A vencedora do concurso foi a veneciana, Jaqueline Eleotério. O local funcionava no atual estacionamento do supermercado sagrada Família, e era famoso por realizar serestas e noites badaladas na cidade.
Morro do Cebolas
A década de 1990 foi marcada por um aglomerado de bares no centro da cidade. Além do Ar Livre Lanches e Djalma Trayller Lanches, o Morro do Cebolas era a diversão da juventude. Era ali que a geração daquela década passava horas nos fins de semanas, em pé, espalhados pelo morro. Era muita gente, lotava tanto que o local ganhou outro apelido: Morro dos Cabritos. Como eram três points juntos, o Djalma Trayller Lanches, Ar Livre Lanches e Morro do Cebolas unidos, o pessoal também ficava passeando de um local para o outro. É muita lembrança boa!
Citycol e Passarela
A Citycol foi outra empresa que por muitos anos funcionou em Nova Venécia. Uma loja popular, com opção de roupa feminina e masculina, a Avenida Vitória. Terezinha Fernandes Alves foi uma das funcionárias, que trabalhou no local, inclusive na época que a loja encerrou atividades. “Creio que têm uns 15 anos que foi fechada. Vendia muito, uma loja com preço em conta e os moradores adoravam”, diz. Outro local que a Terezinha trabalhou foi a extinta Passarela, que pertencia a Arnóbio Leite.
Distribuidora de Móveis Canaã
A Distribuidora de Móveis Canaã inaugurou em Nova Venécia em 1979, sob o comando de Altivo Fagundes. Eletrodomésticos, eletrônicos e móveis faziam parte dos produtos disponíveis na loja, que funcionava ao lado direito do Banco do Brasil. “Vendíamos muito, comecei com quatro funcionários”, diz seu Altivo. A loja, que também teve unidade em Boa Esperança em 1974, fechou as portas com 12 funcionários, em 1997.
São Marcos Padaria e Supermercados
O Supermercado São Marcos inaugurou na década de 1970, com 10 sócios. De acordo com um dos gerentes do local, LodirGuarnier, o estabelecimento foi o primeiro no ramo em Nova Venécia. Após alguns anos, o local deu espaço a panificação, e surgiu então, o São Marcos Padaria e Supermercados. Da sociedade, apenas Efrain Furlan ficou com o negócio, que tinha três unidades na cidade, sendo uma ao lado do Banestes, outra ao lado de onde era o Cine Universal (em frente a Escadaria Jamille Daher), e mais uma próximo a rotatória na Rodovia Nova Venécia a Boa Esperança, a XV de Novembro. Lodir que foi gerente do empreendimento por 26 anos, revela ainda que em Barra de São Francisco e Boa Esperança, também existiam filiais da São Marcos Padaria e Supermercados. O grupo encerrou atividades por volta de 2002.
Casarão
O Casarão inaugurou em 1976, sob administração da dona Eunides Maria Daher Carneiro Neves, mais conhecida como dona Bibiu. Local que já foi restaurante, boate e sediou muitos bailes, o Casarão traz em sua arquitetura expressiva, a cara da boemia veneciana. Era ali que os eventos mais balados da cidade aconteciam, tanto para adultos, quando para adolescentes e crianças, já que o lugar reservou por muito tempo, os domingos para as matinês. A Casa encerrou atividades sob administração da família no dia 25 de abril de 1985, justamente quando aconteceu o tradicional baile da Festa da Cidade, programação que repercutia em todo Estado. Depois disso, o empreendimento teve outras administrações, como Bebel Gama, que era sócia de Danilo Cipriano, que adiante venderam o local para Aristeu Altoé. Hoje, o casarão pertence à Prefeitura. Por lá, muitos acontecimentos sociais, e de quebra, um dos DJs que fizeram sucesso por lá, foi o Luishton Rogério da Silva, que agitava a galera com muita música nacional e internacional.
Dona Flauzina
Dona Flauzina. Quem já comeu um pastel melhor? O sabor do salgado da matriarca da família Boechat é inconfundível e incomparável. Apesar do apelido, o nome da dona do melhor salgado é Florzina Rosa Boechat, 91 anos, que casada com o Francisco Boechat (in memória), fundaram o Restaurante e Lanchonete Boechat, e de quebra, o Hotel Boechat, em 1973. Os estabelecimentos funcionavam atrás da prefeitura, e em 1990, quando o esposo faleceu, dona Flauzina resolveu fechar a lanchonete e o restaurante. A partir daí, as filhas, Wanderli e Neusa, reabriram a lanchonete ao lado da ponte Cristiano Dias Lopes, ainda no Centro. Para saudade de todos os clientes e amigos, as irmãs encerram as atividades em 2003. Já o Hotel, fechou as portas um ano antes. Dona Flauzina mora atualmente em Guriri, com a filha Neusa e apesar de lúcida, não produz mais os deliocoso salgados. Mas como tradição é carregada em família, a filha Wanderli ainda mora em Nova Venécia, e faz tudo por encomendas. O sabor? É o mesmo, já que a receita foi passada de mãe para filhas. Para quem desejar fazer encomendas, segue o contato, para que possam matar a saudade: (27) 99908-7093.
Chalé Center
O Chalé Center foi inaugurado por volta de 1986, tendo como proprietário Marcos Fanticeli. Sendo uma boate, que tinha até uma loja de roupas famosas da época, o empreendimento teve como sócio também, Gilson Santos. Por ali muita gente dançou e se divertiu. As músicas de discoteca e a lambada, fazia parte da programação. Após dois anos de funcionamento, Marcos Fanticeli vendeu sua parte da sociedade para Gilson Santos, e que administrou o negócio até a década de 1990, época em que o espaço foi alugado para a Tração Academia, que pertencia a primeira professores de educação física da cidade, Neide Zaché, e o também professor de educação de educação física, Kiabo Zaché. O Chalé Center ficou por um tempo fechado após o fechamento da academia, e em 2005 foi vendido para a Igreja Maranata, atual proprietária.