sábado, julho 6, 2024
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Preso dono de funerária suspeito de esquartejar marido da amante em Vila Pavão

Roberto Pereira Lage, de 44 anos, seria amante de Eleni Martins Gonçalves, de 59 anos, suspeitos de esquartejar Sebastião Lopes de Jesus, de 73 anos.

*Com Romerito Sártorio

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Foi preso na tarde desta sexta-feira (28), Roberto Pereira Lage, de 44 anos, dono de uma funerária e floricultura suspeito de participar junto com a amante do assassinato e esquartejamento do marido dela, Sebastião Lopes de Jesus, de 73 anos, em Vila Pavão.

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A mulher, Eleni Martins Gonçalves, de 59 anos, já está presa em um presídio feminino em Colatina. O amante foi preso no município da Serra, onde é empresário, e foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV). A pedido da Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros realizou buscas no Rio Doce, em Colatina, nesta sexta-feira (28), com intuito de localizar os restos mortais da vítima, que segundo a versão da companheira, teriam sido jogados no rio. A suspeita chegou a acompanhar o trabalho dos Bombeiros indicando o lugar onde o corpo esquartejado havia sido jogado, no entanto, os restos mortais da vítima ainda não foram encontrados.

Segundo o delegado Douglas Trevizani Sperandio, titular da Delegacia de Polícia de Vila Pavão, Eleni diz ter conhecido o amante em janeiro deste ano, quando ficou viúva. Ela contratou o serviço funerário de Roberto Pereira Lage para fazer o traslado do corpo até a cidade de Viana, onde o marido dela foi sepultado. Na versão que apresentou à polícia, a suspeita disse que o dono da funerária queria ter um relacionamento amoroso com ela.

“Após matar a vítima, o casal realizou o esquartejamento do seu corpo e jogou os restos mortais no Rio Doce, na cidade de Colatina. Hoje acionamos o Corpo de Bombeiros, e uma equipe de mergulhadores foi ao local e embora tenha ficado o dia inteiro procurando, até o momento, nós não conseguimos localizar o corpo da vítima”, disse o delegado.

Segundo a Polícia Civil, tanto Eleni quanto o amante, Roberto, serão autuados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Versões diferentes

O delegado Douglas Sperandio informou que as diligências seguem em andamento, pois os suspeitos têm versões diferentes do crime. A mulher acusa o amante de assassinar o marido a facadas. Já o dono da funerária disse durante interrogatório realizado na Delegacia de Homicídios da Serra, que quando chegou na casa, o corpo já estava esquartejado, e que participou “tão somente do transporte do cadáver”. “Por essa razão, a equipe da DP de Vila Pavão terá de realizar várias diligências para verificar o que, de fato, aconteceu”, disse o delegado.

O único ponto de convergência do depoimento dos dois, segundo a polícia, é o local exato indicado como o ponto onde teriam descartado os restos mortais da vítima, que é em uma ponte que faz divisa, entre os municípios de Colatina e Baixo Guandu.

“Quem tiver qualquer informação, ajude a Polícia Civil através do canal 181 (dique-denúncia”, pediu o delegado.

Crime bárbaro

O caso foi descoberto nesta quinta-feira (27), mas a Polícia Civil suspeita que a vítima tenha sido morta na semana anterior. Os suspeitos de cometerem o crime é a própria mulher da vítima, Eleni Martins Gonçalves, de 59 anos, e o amante dela, o empresário do ramo funerário Roberto Pereira Lage, de 44 anos, morador da Serra, na Grande Vitória.

Segundo a Polícia Civil, uma equipe de investigadores com apoio da perícia se deslocou na noite desta quinta-feira (28) para apurar uma denúncia anônima que chegou na quarta-feira (26) de que um veículo funerário havia sido visto em frente à casa onde o casal morava e a mulher da vítima e um homem foram vistos com sacos plásticos nas mãos colocando no carro dela. Havia também um mau cheiro que vinha do imóvel.

No local, foi realizado teste com luminol dentro do veículo da suspeita, resultando positivo para sangue humano em várias partes do carro, entre elas, o porta-malas.

No decorrer da ocorrência, a suspeita confessou o crime atribuindo ao amante a execução do marido. Segundo a versão dela, o amante estaria se separando da companheira dele para morar com ela.

Na versão da mulher, o amante teria matado o marido em cima da cama do casal, e o próprio amante retirou o corpo dentro de uma mala e duas sacolas plásticas utilizadas no transporte de cadáveres, já que o amante é dono de uma funerária e uma floricultura na cidade de Serra, na Grande Vitória.

A suspeita contou aos investigadores que o amante utilizou o carro dela para transportar o corpo esquartejado da vítima e descartá-lo no Rio Doce em Colatina. Ela disse que após ver a cena, teria desmaiado não vendo mais nada.

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