Nascido em 1922, o aposentado completou 100 anos desfrutando de muita saúde, e comendo uma das coisas que ele mais gosta: polenta, e se for frita, melhor ainda! Por falar nisso, quem se lembra daquele delicioso fubá do moinho do seu Severino?
O seu Severino Tosi, aquele senhorzinho que tinha uma “venda” ali na rua Goytazes, e que fabricava um delicioso fubá, em um moinho de pedra, lembra? Então, ele completou 100 anos, no último dia 24, e ainda, com muita disposição para viver. Para comemorar o centenário, a data foi marcada com a celebração de uma Missa em Ação de Graças, na Igreja São Francisco de Assis, em Jardim da Penha, em Vitória e logo após, a comemoração aconteceu no Cerimonial Cypreste, no mesmo bairro, com a presença de familiares e amigos.
“Ele sempre apreciou uma comida bem feita, caseira. Uma boa polenta sempre foi bem vinda e se for frita, melhor ainda para ele. O segredo de tanta longevidade é a simplicidade que sempre teve na vida. Nosso pai sempre se ocupou com alguma atividade, mesmo depois dos seus 80 anos, além disso, gosta de dormir cedo. Ele se cuida também, e segue as orientações médicas, seja nas realizações de exames ou no uso dos medicamentos”, explicam os filhos.
Nascido em 1922, em Castelo, no Sul do Estado, seu Severino foi casado com a dona Hilda Pilisson Tosi, que faleceu em 2021. Com a eterna companheira de vida, o centenário teve 11 filhos, sendo quatro falecidos, a Aparecida, Maria de Lourdes, Ivonei e Rita de Cássia e sete vivos, o Ivo, Auxiliadora (Dora), Penha, Luzia, Raeth, Irmo e o Roney.
Católico praticante, daqueles que sempre aprecia ir à missa aos domingos, seu Severino é descrito pelos filhos como um bom ouvinte e uma pessoa que sempre gostou de interagir com todos.
A chegada a Nova Venécia e o trabalho
Seu Severino e dona Hilda casaram no dia 28 de julho de 1948, em Colatina, chegando a Nova Venécia no dia 03 de março de 1954, com três filhos.
De acordo com os filhos, seu Severino sempre foi um homem trabalhador e em uma propriedade da rua Ernesto Ayres Farias, onde tinha residência e comércio no ramo de secos e molhados, ou seja, uma mercearia, foi onde começou a vida no município. “Ele tinha pasto, que alugava para quem precisava deixar seus animais, também, para quem estava em trânsito, vindo das redondezas ou de Minas Gerais, e precisava de um local para alojar a boiada. Na região havia um movimento muito grande de ferragem de animais de montaria. Em frente da nossa casa tinham duas moitas de bambu plantadas. Entre elas, um campo de bola de pau, como era conhecido, na época, o atual jogo de bochas, hoje. A frequência era muito grande, aos domingos à tarde, muita gente de Nova Venécia ia para lá”, contam os filhos, que ainda completam: “Ele teve comércio que funcionou primeiro na rua Ernesto Ayres Farias, por cerca de 10 anos e, depois, na rua Goytazes, 155, por mais 20 anos”
Para quem sente saudade daquele saboroso fubá do seu Severino, o centenário teve três moinhos de pedra para moagem de milho e fabricação de fubá: um no Córrego da Serra, antes da primeira ponte, outro, movido a energia elétrica, no comércio da rua Goitacazes e o terceiro, na Volta Escura, onde antes havia funcionado a turbina que produziu energia elétrica, para a cidade de Nova Venécia.
Seu Severino morou em Nova Venécia por 66 anos, e há dois anos, divide seus dias com sua simplicidade e aquele jeito de estar sempre de bem com a vida, junto aos seus filhos, em Vitória.
Aqui, o Jornal A Notícia termina a reportagem com uma brincadeira que esperamos durar por muito tempo: Parabéns seu Severino, muitos anos de vida para o senhor, que é também o terror do INSS!