Com 21 metros e luz de LED, a peça traz a imagem da Santa, com um paciente no leito para simbolizar o tema da edição de 2022 do evento
O terço gigante que já está instalado entre duas palmeiras, para a 452ª Festa da Penha deste ano, é uma idealização do veneciano e médico, Osmar Sales, que ainda conta uma equipe de amigos e familiares, para a produção anual do Rosário.
Há 24 anos, Osmar e sua equipe confeccionam o símbolo Católico, que é instalado na festa religiosa mais conhecida do Estado. A peça representa em cores, adereços e luzes, o tema da edição 2022 do evento: “Saúde dos enfermos, rogai por nós”.
Com 21 metros e versão inédita, o monumento, que foi instalado no sábado de Aleluia, dia 16, traz luz de LED, bolinhas de grama, cruz e outros adereços, tudo produzido de forma artesanal. “A ideia de como vai ficar o Terço começa sempre um ano antes da Festa da Penha”, diz Osmar Sales.
A obra traz ainda, a imagem da Santa, com um paciente no leito, e na cruz, a imagem de Cristo Ressuscitado, tudo produzido pelas mãos do veneciano e sua equipe.
Em tempos de pandemia, em 2020, o Terço confeccionado não foi instalado, para evitar risco de contágio da Covid-19. Em 2021, o Terço instalado foi o de 2019. Esse ano, o Terço inédito pôde ser acomodado entre as duas palmeiras, como sempre, no campinho do Convento da Penha, em Vila Velha, pelo Corpo de Bombeiros, que é quem faz anualmente a instalação.






O início da história
Na visita do João Paulo II, em 1997, no Rio de Janeiro, a tia da esposa do Osmar, pediu que ele criasse o Terço, igual o que tinha na visita do Papa. A ideia era de levar a peça durante a Romaria das Mulheres, na Festa da Penha. Como o Terço não erguia com balões e gás hélio, como o da programação carioca, Osmar pediu ao frei do Convento da Penha, permissão para instalar o monumento, e o pedido foi atendido. “Todos os anos nós trabalhamos e preparamos a peça para a Festa. Para nós representa um ato de fé e tradição católica”, fala.
Em Nova Venécia
Osmar é casado com a Maria Célia, tem dois filhos, e mudou-se a primeira vez de Nova Venécia aos 17 anos, em 1973, para estudar em um Colégio de Padres, em São Paulo.
Filho do seu Benedito Salles e da dona Maria Biral Sales, a família morava na rua Conceição, em Nova Venécia. Osmar, que hoje mora em Vitória, também já deu aula no município veneciano e atuou no Hospital São Marcos.