quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Vila Pavão comemora 29 anos de emancipação política

Vila Pavão comemora nesta segunda-feira, 1º de julho, 29 anos de emancipação. A cidade chama atenção pela tradição cultural do povo, suas belas formações rochosas, sua culinária e várias outras peculiaridades, que dão ao município, características muito especiais.

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Atualmente, Vila Pavão tem hoje mais de 9.000 habitantes, dos quais 78% residem na zona rural.

Com uma grande comunidade de descendentes de pomeranos e forte agricultura familiar, com predominância das lavouras cafeeiras em renovação, pecuária em expansão e a suas diversificadas jazidas de granitos, guardadas as proporções, vem se destacando no cenário econômico, educacional e cultural capixaba.

O município realiza, todos os anos, a Pomitafro. Esse movimento cultural, que completa 30 anos, surgiu antes da emancipação política da cidade e tem por finalidade, enaltecer e promover a integração étnica entre os povos que ajudaram a construir a identidade local.  É considerada a festa da cidade e este ano, será realizada entre os dias 28 de agosto e 1º setembro.

Com índices baixíssimos de criminalidade, a religiosidade também é muito forte na região.

Emancipação e história

O município de Vila Pavão foi emancipado de Nova Venécia no dia 1º de julho de 1990 (dia do Plebiscito, também, oficializado como o dia da cidade). O seu território pertencia a Nova Venécia, que, na época, era distrito de São Mateus, colonizado na década de 1920 por caboclos que fugiam da seca dos sertões mineiro e baiano, e por madeireiros que ganhavam dinheiro com a nobre madeira existente nessa parte da Mata Atlântica.

Depois, nos anos de 1940 chegaram os três grupos que dariam identidade a Vila Pavão. Algumas famílias afrodescendentes ocuparam a região de Todos Santos e do Córrego Santo Estevão. Os pomeranos, em grande maioria, ocupavam o então distrito de Córrego Grande, especialmente a sede, Córrego da Lajinha, Córrego da Peneira, Córrego do Mutum, Praça Rica e Córrego do Sossego. Já os italianos, no Córrego das Flores, Córrego do Paraíso e Córrego da Rapadura. O nome Vila Pavão foi colocado, assim como muitos nomes no Brasil, por tropeiros. Eles e suas tropas, principal meio de transporte no Brasil nesse período e por muitos séculos antes, pernoitavam numa enorme e única casa numa encruzilhada, onde hoje fica o centro de Vila Pavão. Essa casa, como muitas, tinha um desenho na varanda. Era o desenho desse famoso pássaro de origem indiana. Os tropeiros pernoitavam, descansavam e alimentavam suas tropas na “Casa do Pavão”, mais tarde, na “Vila Pavão”.

Na década de 1950, com a abertura da estrada de Vila Pavão a Nova Venécia feita a enxadão, coordenado pela família Reblin, a madeira mais distante passaria a ser transportada por caminhões até Nova Venécia. Nesse período, grandes levas de imigrantes pomeranos e italianos vieram da região serrana (Afonso Claudio, Laranja da Terra e Santa Leopoldina), Pancas (Lajinha), Baixo Guandu e Aimorés (Itueta), para Vila Pavão, que, na época, pertencia a Nova Venécia, que se estava emancipando de São Mateus (1954).

Distrito de Córrego Grande

Vila Pavão, ou o Distrito de Córrego Grande, em pouco tempo transformou-se no principal distrito de Nova Venécia e 30 anos depois, já teria condições de ser município, também.

No final da década de 1960, com a política de erradicação do café e o aumento do número de filhos, muitos pavoenses migraram para Rondônia, especialmente, com destino a Espigão do Oeste, que era distrito do município de Pimenta Bueno. De acordo com a estatísticas, Vila Pavão, na época, perdeu em torno 40% de sua população nesse processo migratório.

A luta pela emancipação

A emancipação começou com a organização do povo. A busca pela sua libertação começa no conhecimento dos seus direitos como cidadãos, do grau de conscientização de sua população e da sua organização política. O papel de suas lideranças políticas, comunitárias, sindicais, estudantis e religiosas foi fundamental nesse processo. A capacidade dessas lideranças de conscientizar e articular sua população foi o caminho para sua emancipação.

A agricultura familiar no município é sua principal característica e, ainda hoje, é o setor que mais emprega e gera renda em Vila Pavão. As elevações de granito fazem da paisagem, uma das mais lindas da região. Vila Pavão tem uma das maiores jazidas de granito do mundo. Situada no norte do Espírito Santo, o município faz limites com Ecoporanga, Barra de São Francisco e Nova Venécia.

A cidade está localizada a 268 quilômetros de Vitória, 29 km de Nova Venécia e 48 km de Barra de São Francisco. A área do seu território é de 435 km². Além da sede, o município tem as vilas de Praça Rica (15 km) e Todos Santos (17 km), como principais aglomerações urbanas. O nome distrito de Córrego Grande vem da sua paisagem natural e hidrográfica, formada por centenas de córregos que proporcionam cachoeiras, lagos e represas, além do Rio XV e Rio Cricaré. Alguns desses córregos, o Rio XV e o Rio Cricaré servem de limites de grande parte da área geográfica.

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