quinta-feira, julho 4, 2024
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Agiotagem, emboscada… O que se sabe sobre as execuções de Manelão e Denilson no ES

Morador de São Gabriel da Palha, Ge Nunes decidiu matar o amigo, Denilson Lorenzoni, após ele descobrir autoria de execução de pai de secretário de São Domingos do Norte

A Rede Notícia revelou neste sábado (30), o nome do suspeito de matar Manuel Alves Ribeiro, de 59 anos, o “Manelão”, pai do secretário de Obras de São Domingos do Norte, em 29 de julho deste ano. Segundo o jornal, o gabrielense Ge Nunes, articulou a morte do amigo, o segurança Denilson Lorenzoni Júnior, de 19 anos, nove dias após o primeiro crime, após Denilson ter descoberto que ele – Ge Nunes – estava por trás do assassinato de Manelão.

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Denilson Lorenzoni Júnior, de 19 anos. Crédito: Acervo pessoal / Montagem Rede Notícia

De acordo com a investigação jornalística, Ge Nunes queria evitar que Denilson descobrisse quem eram os demais envolvidos na morte de Manelão. A Polícia Civil informou que Ge Nunes foi a sexta pessoa a ser presa no inquérito que apura a morte do pai do secretário de Obras de São Domingos do Norte.

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Manuel Alves Ribeiro. Crédito: Montagem / Rede Notícia

Segundo a investigação, Manelão atuava como agiota, uma pessoa que oferece empréstimos com condições à revelia da lei. Políticos com muito poder teriam dívidas com ele. A Polícia Civil, no entanto, ainda não trouxe a público, a motivação real do crime.

Emboscada

A Rede Notícia descobriu que o segurança Denilson Lorenzoni Júnior, de 19 anos, era amigo de Ge Nunes. Ele teria descoberto que Ge era o autor da morte do pai do secretário de Obras de São Domingos do Norte. Foi então que Ge Nunes decidiu armar uma emboscada para dar fim a vida de Denilson. Isso explica o fato de Denilson ter ido de encontro a Ge Nunes no dia de seu desaparecimento. Ou seja, confirma que Ge Nunes era um conhecido em quem Denilson confiava.

Há um fato importante aqui: havia o receio por parte de Ge Nunes de que Denilson descobrisse quem eram os integrantes do esquema armado para matar Manelão. Tanto é verdade, que o próprio delegado de São Domingos do Norte, Dair Oliveira Junior, informou que Ge Nunes foi a sexta pessoa a ser presa no inquérito da morte de Manelão. Ou seja, há mais gente no bolo.

Nove dias separa a morte de Manelão e o sumiço e posterior execução de Denilson. Dois crimes cruéis. O primeiro, em meio a uma festa. O assassino chegou, fingiu ser convidado, esperou Manelão entregar a criança que ele segurava no colo, e o matou a tiros. A prefeita de São Domingos do Norte, Ana Malacarne, revelou ao repórter da Rede Notícia, Wilson Rodrigues, em 31 de julho, que estava na festa, e saiu do evento cerca de cinco minutos antes do crime. Segundo ela, ao chegar em casa, recebeu uma ligação reportando o crime.

O segundo crime, igualmente cruel, aconteceu nove dias depois. Em 7 de agosto. Denilson saiu de casa, no Córrego Bley, em São Gabriel da Palha, para fazer uma prova teórica em uma autoescola da cidade. Após terminar o exame, recebeu uma ligação. E sumiu. O corpo dele foi achado por pescadores no dia 13 de agosto, boiando no Córrego Braço Sul, em São Domingos do Norte. No cadáver, havia a marca de dois tiros na cabeça. A moto de Denilson, foi encontrada no dia 14 de agosto, às margens da rodovia que liga São Gabriel da Palha a São Domingos do Norte.

Tanto a investigação da morte de Manelão, quanto o inquérito da morte de Denilson, são tocados pela Delegacia de Polícia de São Domingos do Norte. Também não foi informado, até o momento, quem são os outros suspeitos de envolvimento no assassinato do segurança.

A Rede Notícia tenta contato com a defesa de Ge Nunes, citado na matéria.

Cobertura – Assassinato de Manelão

Cobertura – Execução de Denilson Júnior

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