sábado, julho 6, 2024
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Venecianos assumem vivências de pais solos

A data é muito especial! Domingo (13), é Dia dos Pais. Este ano, a entrevista foi com o Neto da Funerária, José Luiz do Cricaré e Roston da Chagas Silva. Três pais que, de uma forma ou outra, desenvolvem funções de pai solo, ou já atuaram nisso. A história deles é recheada de cuidados com os filhos e, acima de tudo, muito amor. A Rede Notícia aproveita para desejar o Feliz Dia dos Pais a todos os pais presentes, e também, para aqueles que não estão mais neste plano, que é o caso do meu. De onde estiver, um beijo e Feliz Dia dos Pais, papai!

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“Fui o primeiro a pegá-lo no colo”

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O comerciante Virgulino Dutra Farias Neto, ou melhor, Neto da Funerária, como é mais conhecido, vai celebrar oo Dia dos Pais com muito orgulho neste domingo (13), em Nova Venécia. Pai solo em várias ocasiões, após a separação com a mãe do filho, Neto era quem cuidava sozinho do caçula, o Lázaro Silva Farias, 12 anos. “Há dois meses meu filho foi estudar em Vitória, e morar com a mãe. Até então, desde que ele tinha cinco anos, ele morava comigo, foi embora porque passou em uma prova lá e está estudando em uma escola muito boa, para ele vai ser melhor, ele vai ter uma excelente formação, mas, eu estou sentindo muita falta, fazíamos tudo juntos, éramos muito grudados, e não vou mentir, estou sofrendo muito com a ida dele, porém, sabemos que precisamos pensar no melhor para nossos filhos”, fala.

Lázaro chegou na vida do Neto e da ex-esposa, na maternidade. Filho biológico de uma sobrinha do Neto, o menino, desde o parto, foi entregue ao casal, que sempre se dedicaram na criação do garoto. Desde que nasceu, Neto conta que Lázaro o teve como principal responsável para assumir os primeiros cuidados com o bebê. “Quando ele nasceu, fora a equipe médica, eu fui o primeiro a o pegar no colo, o primeiro a dar banho, a primeira mamadeira, eu quem cuidou do umbigo dele até cair. Até ele ir embora, ele dormia comigo em minha cama, eu fazia a comida dele, lavava todas as roupas, sempre ensinei as atividades da escola, andávamos de bicicleta juntos, ele ia comigo para a aula de zumba, em que ministro, enfim, sempre fomos unidos demais”, explica.

Além do Lázaro, o comerciante conta, e com muito prazer e orgulho, sobre seus outros filhos. “O Lázaro é o caçula, mas tem o Saul, que hoje já está com 26 anos, é casado e tem a minha neta, que vai fazer um aninho, já sou avó. O Saul estava internado no hospital quando tinha cinco aninhos e, fiquei encantado com ele. A mãe começou a deixar que ele passasse os finais de semana com a gente, eu era casado com minha esposa , e assim foi, até que, ele veio morar com a gente, assim criei o Saul, até os 15 anos, que foi quando a mãe preferiu ficar com ele. Foi uma tristeza para mim, mas, eu sou pai dele, e depois que ele foi morar com a mãe, e ele vinha ficar comigo finais de semanas. Ele vai viajar domingo, mas já veio hoje trazer meu presente do Dia dos Pais”, conta orgulhoso.

Neto também relata que, quando casou pela segunda vez, a mulher já tinha uma filha. “É a Júlia, que tinha oito anos, eu me considero pai dela também, sempre estive presente e, apesar da mãe dela e eu estarmos separados, ela é minha filha. E eu tenho a Ivone ainda, ela morou em minha casa e saiu de lá só casada, me considera como pai, eu a criei a maior parte da vida”, diz.

“Ser pai para mim é tudo na vida, pai é aquele que cuida, que zela, que se preocupa. Pai tem que ser pai de verdade, eu tenho meus três filhos, e agora minha neta, ser pai é bom, mas ser avó é melhor ainda. Eu criei o Saul, eduquei, mas agora o Saul não pode me atrapalhar a “estragar” o a minha neta . A criação é com ele, eu fico com a parte boa (risos). Ainda tenho meus netos, filhos da Ivone, que me chamam de avô. Que privilégio e alegria eu tenho”.

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Pai solo por mais de dois anos

Depois de perder a esposa há mais de três anos, o vereador José Luiz do Cricaré se viu em ter que cuidar da filha sozinho. Com a missão em mãos, pai e filha começaram a administrar a nova vida, de ter que viver sem a presença da mãe, a Roseane Teixeira Lage (In Memória).

“No início foi muito difícil, apesar de ela eu sermos muito grudados, ficarmos somente nós dois, não foi fácil. Raissa tem déficit de atenção, ela precisa de cuidados maiores voltados para ela, meu trabalho requer muito minha ausência, mas dei conta, dou conta. Na parte prática, foi muito difícil em vários momentos, principalmente na primeira menstruação, e, em todo período menstrual. Temos que falar sobre isto, para o homem que cria uma filha sozinha, essas partes não são fáceis também. Ser pai solo não é para qualquer um, mas é para quem é pai de verdade. Eu tenho maior orgulho dela e amo ser pai da minha Raíssa”, diz.

Hoje, José Luiz está casado com a atual esposa, a Eunir Gineli Lázaro, que é quem assumiu a responsabilidade, junto a ele, de criar a Raissa. “Domingo é Dia dos Pais, mas, nós dois iremos ganhar presente”, relata.

Raissa foi adotada pelo José Luiz e a Roseane quando ela tinha três anos, e hoje, a menina, segundo o pai, tem a sua atual esposa como mãe. “Deus nos presenteou com a chegada da Eunir. Ela tem todo carinho e amor do mundo pela Raissa, é um amor sem medida, a Raissa a tem como mãe, ela assumiu o papel materno e, estamos muito felizes, coisa de Deus”, relata.

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Pai solo em dias alternados

Roston da Chagas Silva é pai do Cauã Nascimento Chagas, 8. Filho único, o garoto tem o privilégio de ter a dedicação do pai somente para ele. Em semanas alternadas, o menino fica com o pai, que após a separação, divide a criação do Cauã, com a mãe do filho.

De acordo com Roston, desde que o menino nasceu, ele é totalmente participativo nos cuidados e educação do Cauã. “Eu sempre tomei a frente para realizar minha tarefa de pai, bem além que muitos homens. Sempre dei banho, troquei  roupa, atividades da escola, reuniões, tudo sou eu, faço questão de estar presente, não só agora, mas desde que ele nasceu”, explica.

O autônomo conta que, agora, nos dias em que o garoto mora com ele, ele desenvolve o papel que sempre fez. “Continuo o levando e buscando na escola, na hora do almoço, a gente come em restaurante ou na casa da minha avó, é lá que ele fica à tarde, após chegar da escola. Quando saio do trabalho, passo lá e o busco, e vamos para casa. É horário de preparar a janta dele, conversar, ver as coisas da escola, são momentos nossos”, explica.

No dia da entrevista, ao chegar a casa dos dois, eles estavam se arrumando para sair. Pai e filho estavam indo a academia. “Ele vai comigo, só não estamos juntos quando estou trabalhando e ele na escola. Do resto, é sempre juntos. Eu ensino muitas coisas a ele, vamos para roça, pescamos, andamos a cavalo, é muito bom”, fala.

Roston conta que a educação do filho, ele faz questão de levar ensinamentos. “Quero que ele cresça sendo um menino bom, que seja um homem honesto, que não mexa com coisas erradas. Eu amo ser pai, é bom demais, e, como falei, cuido de tudo na vida dele, sou eu quem lava as roupas dele, sou eu quem cuida de tudo quando ele está comigo. Nos períodos em que ele fica com a mãe, é uma saudade danada, ligo todo dia, direto. A casa fica vazia aqui, o amor por um filho é algo inexplicável, eu sou apaixonado em ser pai do Cauã”, pontua.

» Cauã Nascimento Chagas mora com o pai em semanas alternadas e é o Roston da Chagas Silva, quem cuida do filho sozinho nestes dias

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